3/07/2009

DESIGN 1


MUNARI, Bruno, Das Coisas Nascem Coisas, Lisboa, Ed. 70, 2008 (Ca. 385 pp. e 17.50 euros)

“Criatividade não significa improvisação sem método: dessa maneira apenas se faz confusão e se cria nos jovens a ilusão de se sentirem artistas livres e independentes” (P.21)“O progresso surge quando se simplifica e não quando se complica” (p.163)

 “São muitas mais do que se pensa as pessoas que nunca leram um livro. Outras foram obrigadas a comprar e ler livros de escola, depois do que disseram: “basta de livros”. São muitas mais do que se pensa, e todavia muitas vezes são pessoas de bom carácter, pessoas gentis e cordiais, pessoas que até talvez tenham sucesso económico na vida, pessoas para as quais chegam os semanários de assuntos mundanos  para terem notícias do mundo. Não sabem que nos livros está o saber, que graças aos livros  o indivíduo pode aumentar os conhecimentos dos factos e compreender muitos aspectos do que acontece, que os livros podem despertar outros interesses, que os livros ajudam a viver melhor” (p. 231)

3/05/2009

HISTÓRIA 5


DIAMOND, Jared, Colapso, Ascensão e Queda de Sociedades Humanas, Lisboa, Gradiva, 2008. (Ca. 666 pp. e 40 euros)

“mais de metade da superfície original do planeta foi já convertida para outros usos e, às actuais taxas de conversão, um quarto das florestas que restam serão convertidas nos próximos cinquenta anos. (…) A desflorestação foi um dos principais factores, se não o principal factor, em todos os colapsos de sociedades do passado descritos neste livro” (p.563)

“Especialmente se a elite se consegue manter afastada das consequências das suas acções, poderá fazer coisas que a beneficiem, independentemente de poderem ser prejudiciais para todas as outras pessoas. Estes conflitos, personificados de forma flagrante pelo ditador Trujillo na República Dominicana e pela elite dirigente no Haiti, estão a tornar-se cada vez mais frequentes nos EUA de hoje, onde os ricos tendem a viver dentro de condomínios fechados e a beber água engarrafada. (…) Ao longo da história de que há registo a acção ou inacção de reis, chefes e políticos egocêntricos tem sido uma causa constante de colapsos sociais como se pode ver pelos exemplos dos reis maias, dos chefes da Gronelândia nórdica e dos políticos ruandeses contemporâneos analisados neste livro” (p. 502)

3/03/2009

PSICOLOGIA 4


MATOS, Armanda e Outros, AAVV, A Maldade Humana: Fatalidade ou Educação? Coimbra. Ed. Almedina, 2008

(Ca. 358 pp. e 19 euros)

Stephen Reider

“Ao longo dos anos 50, uma série de estudos marcantes tinham demonstrado o poder dos grupos para transformar o comportamento – tipicamente para pior. “ (p.35,6)

Cristina Pinto Albuquerque

“a identificação do outro como ser humano é o mais poderoso factor de inibição da violência. Os estudos antropológicos têm demonstrado a  força agregativa do sorriso em todas as culturas e o efeito apaziguador de alguns gestos de submissão daquele que sente que pode ser alvo de ataque (…) Como afirma Emmanuel Levinas a relação com o “rosto” (visage) é em primeiro lugar ética (…) O imperativo de dar prioridade ao outro não é uma decisão mas um mandamento”(p.69,70)

“pensar sobre o mal é hoje uma exigência e uma manifestação de responsabilidade social e intelectual. Como evidencia Susan Neiman [NEIMAN, Susan, O Mal no Pensamento Moderno, Uma história alternativa da filosofia, Lisboa, Gradiva, 2005.]: «abandonar a tentativa de compreender o mal é abandonar qualquer base para o confrontar, em pensamento e na prática»  p.78]

David Farrington:

Devido à relação entre o crime e muitos outros problemas sociais (…) A prevenção precoce que reduz o crime também reduzirá, provavelmente, o consumo de alcoól, a condução sob efeito de álcool, o consumo de droga, a promiscuidade sexual, a violência familiar e talvez mesmo o insucesso escolar, o desemprego e a desarmonia conjugal.

Foi claro a partir do estudo de Cambridge [Donald West e Outros, “Estudo de Desenvolvimento de Delinquência de Cambridge”] que os transgressores mais persistentes começam cedo (…) tendem a dar origem à próxima geração de crianças delinquentes. É pois, importante, fazer com que as crianças em risco sejam alvo de programas de prevenção na infância” (p.242)


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